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Oficina LEPEHIS: Não chute a macumba: estudos e vivências das religiosidades afro-brasileiras

 

COORDENAÇÃO: Cauan Santana Amorim (Graduando/UFG), João Pedro Mascarenhas (Graduando/UFG), Thaís Botêlho (Graduanda/UFG)

DATAS: 19 e 26 de novembro; 3 e 10 de dezembro de 2024  - 8h às 12h

CARGA HORÁRIA: 16 h 

EMENTA:

Objetivo:  Proporcionar um espaço de aprendizado e vivência sobre as diversas manifestações das religiosidades afro-brasileiras, explorando suas origens, transformações e práticas atuais.

Justificativa: As religiosidades afro-brasileiras representam um patrimônio cultural e espiritual inestimável, resultante de séculos de resistência, adaptação e sincretismo. Estas tradições não apenas preservam as memórias e saberes ancestrais trazidos pelos africanos escravizados, mas também constituem uma parte vital da identidade cultural brasileira. No contexto contemporâneo, onde a intolerância religiosa e o desconhecimento sobre essas práticas ainda são desafios, é essencial promover espaços de estudo e vivência que possibilitem uma compreensão profunda e respeitosa dessas tradições. Esta oficina busca contribuir para a valorização e preservação das religiosidades afro-brasileiras, fortalecendo a identidade cultural e o respeito à diversidade religiosa no Brasil.

Conteúdo Programático:

Encontro 1: Introdução e Raízes Africanas

- Histórico das religiões afro-brasileiras

- Cosmovisões e práticas rituais trazidas pelos africanos ao Brasil

- Formação dos terreiros como espaços de resistência e sociabilidade

- Função dos terreiros na preservação e transmissão de saberes ancestrais

- Terreiros como espaços de acolhimento, mobilização e identidade negra

Encontro 2: Griots e Oralidade: Cultura, Memória e Ancestralidade

- A oralidade na cultura africana e afro-brasileira

- A preservação da memória através da cultura oral, a prática dos Griots

- Ancestralidade: a memória viva de um povo

Encontro 3: Religião, Resistência e Vivências Práticas

- O terreiro como espaço de resistência e mobilização na sociedade escravocrata

- Mudanças e permanências nos terreiros afro-brasileiros

- Participação em rituais e festividades

- Partilha de experiências e reflexões dos participantes

Encontro 4: Xirê no Campus

- O Xirê no Campus propõe um espaço de manifestação cultural e religiosa no pátio das humanidades como culminância da Oficina.

Bibliografia Básica:

1. Parés, Luis Nicolau. "Religiosidades". In: SCHWARCZ, Lilia Moritz; DOS SANTOS GOMES, Flávio (Ed.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. Editora Companhia das Letras, 2018.

2. Botelho, Denise; Nascimento, Wanderson Flor do. "Educação e religiosidades afro-brasileiras: a experiência dos candomblés". Participação, Brasília, n. 17, jan. 2012. Disponível em: <http://seer.bce.unb.br/index.php/participacao/article/view/5991/4956>. Acesso em: 25 jul. 2024.

3. NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo. Editora Perspectiva SA, 2020.

4. DE MIRANDA, Ana Paula Mendes. A" política dos terreiros" contra O racismo religioso E as políticas" cristofascistas". Debates do NER, 2021.

5. SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Mauad Editora Ltda, 2019.

6. SANT’ANNA, Márcia. Escravidão no Brasil: os terreiros de candomblé e a resistência cultural dos povos negros. v. 17, p. 9, 2015.

7. FERRETTI, Mundicarmo. Tambor de Mina e Umbanda: o culto aos caboclos no Maranhão. 1997.

Metodologia da Oficina

A oficina será estruturada para proporcionar uma experiência abrangente e integrada no estudo das religiosidades afro-brasileiras. Serão realizadas exposições que servirão para apresentar os fundamentos teóricos dos temas abordados, utilizando recursos audiovisuais como slides e vídeos para garantir uma base sólida de conhecimento sobre as origens, práticas e transformações dessas religiosidades.

As discussões em grupo serão uma parte central da metodologia, permitindo aos participantes debaterem e trocarem ideias sobre os tópicos estudados. Estas discussões visam estimular a reflexão crítica e promover uma troca enriquecedora de perspectivas entre os participantes. Propõe-se, a partir das discussões, ouvir as experiências dos participantes, seja para aqueles que professam alguma das religiões de matrizes africanas partilhem suas experiências, seja para que os não-adeptos partilhem seus entendimentos e dúvidas. 

Público-Alvo:  

Estudantes, pesquisadores, praticantes de religiões afro-brasileiras e qualquer pessoa interessada em conhecer e vivenciar as tradições religiosas de matriz africana.

INSCRIÇÕES