
OFICINA LEPEHIS: Emoções, subjetividades e narrativas históricas: o cinema documental brasileiro como fonte na Didática Reconstrutivista da História
TÍTULO: Emoções, subjetividades e narrativas históricas: o cinema documental brasileiro como fonte na Didática Reconstrutivista da História
MODALIDADE: Presencial
COORDENAÇÃO: Thiago Alecrim de Souza (Graduando FH UFG), Rafaela Camello da Mata (Graduanda FH UFG) e Bárbara Dezembrina Barros da Silva (Graduanda FH UFG)
DATA E HORÁRIO: 25 de março de 2025 - 8h às 12h; 8 de abril de 2025 - 19h às 22h
CARGA HORÁRIA: 4 horas
VAGAS: 30
EMENTA: A Matriz da Didática Reconstrutivista da História busca reconstruir o processo de elaboração do conhecimento histórico pelos historiadores na sala de aula (Schmidt, 2020, p.133). A participação dos discentes em todos os processos de construção deste conhecimento permite a constituição de um sentido histórico pleno (Schmidt, 2020, p.134). Desse modo, a utilização de fontes primárias - entendidas como a base do trabalho historiográfico - nas aulas de história se torna fundamental. Nesta oficina, atribuímos centralidade às fontes cinematográficas. A relação entre História e Cinema é permeada por diversas tensões e discussões teóricas que tentam delimitar o seu lugar nas pesquisas historiográficas. Partimos do pressuposto de que as produções cinematográficas podem ser utilizadas como fonte de história, pois conservam vestígios concretos do passado, expressando “o espírito de seu próprio tempo” (Lagny, 2005, p.114-115). Desse modo, cada produção consiste em um dos diversos registros primários de uma época, uma das evidências de um processo, evento ou contexto histórico, que deve ser cotejada com outros tipos de documentações para a construção do conhecimento histórico (Napolitano, 2005, p.243). Ademais, a utilização do cinema tanto nas pesquisas acadêmicas, quanto na práxis do ensino de história perpassa a discussão acerca dos limites entre a subjetividade e a objetividade na construção da própria disciplina enquanto ciência. Isso é notório a partir da percepção de que os filmes, de forma simultânea, apelam à subjetividade e às emoções, mas também são permeados por objetividades e realismos (Napolitano, 2009, p.12). Desse modo, a oficina trabalhará com a ideia de que a união entre emoção e cognição possibilita uma compreensão mais elaborada dos eventos para a construção de narrativas históricas pelos discentes (Löfström, 2022, p.5); visto que a orientação temporal proporcionada pela consciência histórica é permeada pelas emoções dos próprios sujeitos (Fronza, 2020, p.89-90). Portanto, utilizaremos as narrativas cinematográficas como fonte/documento em si no interior da matriz reconstrutivista da Didática da História (Napolitano, 2009, p.20; Schmidt, 2020, p.139). Nesta oficina, focaremos na utilização de curtas-metragens e longas-metragens documentais brasileiros que se distanciam dos padrões hollywoodianos comerciais, estéticos e temáticos, com o objetivo de fomentar a ampliação dos repertórios culturais dos participantes (Napolitano, 2009, p.30).
Referências bibliográficas
FRONZA, Marcelo. Consciência histórica, consciência moral em relação com a natureza para uma didática humanista da história em Jörn Rüsen. MÉTIS-história & cultura, v. 19, n. 38, p. 81-97, 2020.
LAGNY, Michèle. O cinema como fonte de história. Cinematógrafo: um olhar sobre a história. Salvador: EDUFBA, p. 99-131, 2009.
LÖFSTRÖM, Jan et al. Avanços na educação ética na aula de história: o prosseguimento das interseções da consciência moral e histórica. Currículo sem Fronteiras, v. 22, n. 1103, p. 1-16, 2022.
NAPOLITANO, Marcos. Cinema: experiência cultural e escolar. Caderno de cinema do professor, p. 10-31, 2009.
NAPOLITANO, Marcos. Os historiadores e as fontes audiovisuais e musicais. Fontes Históricas. Organização: Carla Pinsky. Editora Contexto, p.236-289, 2005.
SCHMIDT, Maria A. Didática reconstrutivista da história. Curitiba: CRV, 2020. Capítulo 4, p. 127-157.