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OFICINA LEPEHIS: Metodologias de Pesquisa em História Intelectual

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EMENTA: A experiência humana, em seu múltiplo e indômito fazer-se, teve na escrita, um de seus veículos mais notáveis. Como bem disse Flaubert, escrever é uma maneira de viver. E uma das formas mais proeminentes com que a escrita foi operada na modernidade diz respeito ao discurso do intelectual. Este sujeito, historicamente localizado, é aquele que, como nos diz Karl Mannheim em “Ideologia e Utopia”, media tramas sociais, com especial capacidade (e responsabilidade) de análise, crítica e síntese de processos históricos através da palavra. Ou, por outro ângulo, é também aquele que, no olhar gramsciano, não só se insere, mas emerge ele mesmo, das tramas sociais, que não ressignifica a cultura de fora, mas está em indissociável contato com ela. Os intelectuais, sujeitos estes então que intervêm na história, fazem-no através de suas ideias. É nesse sentido que o estudo das ideias escritas, como nos diz Dominick LaCapra em "Rethinking Intellectual History”, opera como mecanismo de preservação e reinterpretação de produtos históricos e culturais textuais. Investigá-los, exige-nos inspecionar o texto a partir de si mesmo, de seu contexto de enunciação e de suas intenções, mas também de avaliar seus usos situados da linguagem constitutivos de significantes textuais. Esta oficina pretende realizar então um debate introdutório sobre os motivos e os caminhos da história intelectual, perscrutando assim o significado histórico e filosófico do discurso dos intelectuais e de suas ideias em texto, bem como avaliando os caminhos que a historiografia já percorreu e o acúmulo que conquistou na construção metodológica deste campo disciplinar.

 

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