OFICINAS LEPEHIS 2025/2
- Os formulários de inscrição serão disponibilizados 15 dias antes de cada oficina, no site do LEPEHIS.
- Todas as oficinas serão realizadas na sala do LEPEHIS, exceto quando os coordenadores solicitarem outro ambiente (será informado previamente).
- Os certificados serão emitidos após a finalização de cada oficina.
- Os/As estudantes matriculados/as nos estágios obrigatórios deverão somar, no mínimo, 20h semestrais de participação nas oficinas, conforme o Regulamento de Estágio Curricular Supervisionado (2022).
- Dúvidas: lepehisfhufg@gmail.com
1. Do Edital ao Projeto: Preparando-se para o PPGH
Com o objetivo de estimular os estudantes da Faculdade de História a ingressarem no PPGH, esta oficina buscou orientar os alunos sobre o processo seletivo de 2026, bem como perpassar pontos importantes do Edital nº 002/2025. Desse modo, o objetivo geral consistiu em esclarecer dúvidas sobre o processo seletivo e suas fases. Ademais, evidenciou os critérios relevantes avaliados na prova escrita de História, conforme indicado no item 7.4 do Edital. Também destacou-se e discutiu-se os pontos principais para a elaboração do Projeto de Pesquisa, apontados no item 8.3, tal como o Roteiro para Elaboração de Projeto de Pesquisa, presente no anexo VI do Edital. Considerando a importância da integração entre graduação e pós-graduação, a oficina contou com a presença de pós-graduandos, que compartilharam seus percursos e experiências enquanto pesquisadores.
2. Entre livros, materiais didáticos e políticas públicas: possibilidades de pesquisa e análise
Perspectivamos discutir o conceito de texto, livro e material didático e suas diversas formas de abordagem. Nessa linha, pretendeu-se demonstrar que esse instrumento da aprendizagem histórica é um conhecimento em circulação na cultura histórica. Assim, delineou-se caminhos para análise e pesquisa em livro e materiais didáticos de história por intermédio das reflexões de Bittencourt (2008) e Rüsen (2010). Para tanto, alinharam-se determinadas reflexões e análises com uma reflexão das políticas públicas educacionais nas últimas décadas, demarcando o lugar do livro didático e ensino de história na política.
3. Corpo-Território: Narrativas de Mulheres Originárias
A oficina teve como objetivo abordar diversas produções escritas por mulheres indígenas, buscando construir diálogos e possibilidades didáticas a partir de um recorte de gênero. Nesse sentido, foram discutidos temas como territorialidade, gênero e etnia, utilizando como recurso as próprias produções dessas autoras. Com isso, pretendeu-se compreender como as mulheres indígenas utilizam suas narrativas como forma de luta para romper com a colonialidade de gênero ainda presente. Ao final, em diálogo, pensou-se em propostas pedagógicas em que as vozes femininas indígenas sejam reconhecidas como produtoras de saberes, promovendo uma educação antirracista, intercultural e comprometida com a diversidade de experiências e epistemologias.
4. Educação Patrimonial: Os patrimônios sensíveis no Brasil
Com o objetivo de apresentar as discussões historiográficas acerca dos patrimônios sensíveis no cenário brasileiro, a oficina foi desenvolvida em dois momentos: em um primeiro momento foram apresentados aos ouvintes os conceitos de Educação Patrimonial e Patrimônios Sensíveis, trazendo exemplos concretos de patrimônios sensíveis no Brasil. No segundo momento realizaram-se discussões em grupos sobre alguns patrimônios sensíveis que temos no Brasil para serem apresentados aos demais colegas pelos grupos.
5. Memento Mori: Como a Arte Explica a Evolução do Conceito de Morte na Sociedade
O conceito de morte passou por diversas transformações ao longo da história humana, influenciado por avanços científicos, mudanças sociais, culturais e de valores. Essas transformações moldaram a maneira como diferentes sociedades compreenderam e se relacionaram com a ideia da morte. A oficina teve como proposta investigar essas mudanças históricas, analisando como elas se manifestaram em diferentes períodos. Para isso, foram observadas obras de arte do passado e do presente, buscando identificar como cada época explorou o tema da morte a partir de suas próprias concepções, sensibilidades e visões de mundo.
6. Metodologias de Pesquisa em História Intelectual
A experiência humana, em seu múltiplo e indômito fazer-se, teve na escrita um de seus veículos mais notáveis. Como bem disse Flaubert, escrever foi uma maneira de viver. Uma das formas mais proeminentes com que a escrita se operou na modernidade dizia respeito ao discurso do intelectual. Este sujeito, historicamente localizado, foi aquele que, como afirmou Karl Mannheim em Ideologia e Utopia, mediou tramas sociais, com especial capacidade e responsabilidade de análise, crítica e síntese de processos históricos através da palavra. Por outro ângulo, foi também aquele que, no olhar gramsciano, não só se inseriu, mas emergiu ele mesmo das tramas sociais, que não ressignificou a cultura de fora, mas esteve em indissociável contato com ela. Os intelectuais, sujeitos que intervieram na história, fizeram-no através de suas ideias. Nesse sentido, o estudo das ideias escritas, como afirmou Dominick LaCapra em Rethinking Intellectual History, operou como mecanismo de preservação e reinterpretação de produtos históricos e culturais textuais. Investigá-los exigiu inspecionar o texto a partir de si mesmo, de seu contexto de enunciação e de suas intenções, mas também avaliar seus usos situados da linguagem constitutivos de significantes textuais. A oficina pretendeu realizar um debate introdutório sobre os motivos e os caminhos da história intelectual, perscrutando o significado histórico e filosófico do discurso dos intelectuais e de suas ideias em texto, bem como avaliando os caminhos que a historiografia já percorreu e o acúmulo que conquistou na construção metodológica deste campo disciplinar.