Oficina LEPEHIS: Graciliano Ramos e o campo literário da geração de 1930: da integração entre espaços à construção de paradigmas estilísticos
TÍTULO: Graciliano Ramos e o campo literário da geração de 1930: da integração entre espaços à construção de paradigmas estilísticos
COORDENAÇÃO: Fernando Costa e Silva (Doutorando em História - PPGH UFG)
CARGA HORÁRIA: 12 h
DATAS: 27/6 e 2, 4 e 9/7/2024 - 14h - SALA DO LEPEHIS
EMENTA: A partir da leitura de jornais que circulavam no Brasil entre 1930 e 1945, se pode observar que a ascensão de Graciliano Ramos e seus pares enquanto autores consagrados de literatura seguiu caminhos trilhados por modernistas uma década antes, mas assumindo parâmetros possibilitados pela Revolução de 1930 e por uma comunhão entre autores nordestinos, críticos de diferentes localidades e editores cariocas. Antes mesmo da estreia de Caetés, romance publicado no final de 1933, Graciliano Ramos gozava de popularidade estampada em jornais literários como o Boletim de Ariel. O amadurecimento de sua obra caminhou junto com o desenrolar da história do campo literário que o projetou, a princípio com a comoção provocada pelo estilo de autores como Jorge Amado, José Lins do Rêgo e o próprio Graciliano Ramos e, por último, pelo fomentar de suposta rivalidade entre autores nordestinos e autores do sudeste brasileiro. O objetivo geral da presente oficina será o de compreender a geração de 1930 como expressão de um campo literário marcado pela comunhão entre intelectuais do Nordeste e do Sudeste. Entre os objetivos específicos, interpretar a consagração de Graciliano Ramos como uma combinação que envolveu talento artístico e contexto histórico promissor, demonstrar que os romancistas nordestinos de 1930 beberam da fonte dos modernistas de 1922, diferente do que pensam certos revisionistas e, por último, relembrar que a seca e o fenômeno do cangaço, temas que se tornaram emblemáticos para os autores nordestinos na posteridade, são apenas uma parte da complexa estrutura temática que representa a segunda fase do modernismo no Brasil.