
Oficina LEPEHIS: Diálogo com professores de história: ressignificando as Independências e suas iconografias
TÍTULO: Diálogo com professores de história: ressignificando as Independências e suas iconografias
COORDENAÇÃO: Ana Beatriz Bernardes (Mestranda em História pelo PPGH-FH-UFG)
CARGA HORÁRIA: 3 h
DATA: 9 de julho de 2024 - 9h - LEPEHIS
EMENTA: Objetivo geral: colaborar na formação docente e compreender a importância do uso das fontes artístico-visuais nos espaços escolares. Objetivo específicos: ampliar a capacidade de trabalho como professor-pesquisador dos graduandos; discutir a importância de pensar fontes visuais na sala de aula como mecanismo de aprendizagem histórica para além do conteúdo escolar e em contato com a realidade dos estudantes; gerar debate acerca da própria formação docente que eles vêm recebendo na Universidade. Programa resumido: Primeira parte - Diálogo em roda apresentando capas de livros - com os títulos tampados - e fazendo um exercício de análise das mesmas. Obras escolhidas, em ordem de fala: A Bússola de Ouro, de Philip Pulman, 2013, editora Objetiva; Coraline, de Neil Gaiman, 2012, editora Harper Collins Publishers; e, por fim, As Bruxas da Noite, de Rihanna Armeni, 2019, editora Pensamento-Cultrix Ltda. Partir da última obra para falar de repertório visual e a importância dos estudantes terem contexto. Segunda parte - Apresentar a comparação entre o outdoor de 2023 do governo de Goiás que diz “O estado mais seguro do Brasil”, acompanhado de dados policialescos com o mural de 2022 da artista Bruna Alcântara, que fez um auto retrato nu em lambe-lambe em que havia uma vulva bordada em destaque enquanto amamentava seu filho; no entanto, em Goiânia, esse lambe-lambe foi destruído em menos de 12 horas, somente na região da vulva. Seguindo com a correlação com a estátua do bandeirante e a importância de se entender o contexto para não ser um mero espectador de propagandas, monumentos e outras mídias. Terceira parte - Fazer um exercício prático de análise do conteúdo de Independência do Brasil a partir do livro didático “História volume único” de Ronaldo Vainfas, Sheila de Castro Faria, Jorge Ferreira e Georgina dos Santos (Editora Saraiva, 2010); da pintura “Sessão de Conselho de Estado” de Georgina de Albuquerque (1922), de duas tirinhas de Laerte (2022) a respeito da Independência; e de um recorte do Jornal do Comércio de 1851. Quarta parte - Discutir outras possibilidades pedagógicas para se explorar as contradições das narrativas dominantes nos livros didáticos. Aqui também serão apresentados portais de informação sobre as várias independências do Brasil. Junto a isso, breve comentário a respeito da diversidade de aptidões e habilidades dos estudantes e como incentivá-las em sala.
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