Oficina LEPEHIS: Diários de viajantes estrangeiros para ensinar História de Goiás
TÍTULO: Diários de viajantes estrangeiros para ensinar História de Goiás
COORDENAÇÃO: Profa. Sônia Maria de Magalhães, Ana Laura Brito Ferreira, Ana Luiza Gomes Guimarães, Carlos Bruno Nascimento Mendes, Davi Costa Oliveira Silva, Gabriel Felipe Duarte Moreira Xavier, Haryta Ferreira Borges, Henrique Mamede Peixoto, Isadora de Melo e Silva Bastos, João Victor Pereira Paes, Mayara Melo Quinta Volz Terres
DATAS: 16 e 18 de julho de 2024 - 9h - SALA DO LEPEHIS
CARGA HORÁRIA: 6 h
EMENTA: A transferência da família Real e a abertura dos portos, em 1808, facilitou a entrada de estrangeiros no Brasil. O número de europeus que visitou Goiás não foi tão grande, quando comparado a outras regiões, a exemplo de Minas Gerais. Enaltecidos por uns, repudiados por outros, sua produção literária sofreu críticas em sucessivos e alternados momentos. Contudo, foram eles os primeiros a percorrerem regiões ignoradas pelos próprios brasileiros, observando grupos indígenas absolutamente isolados, cidades perdidas pelo interior, a escassez de alimentos, ruínas de vilarejos jamais visitados por pessoas de outras regiões do país. Os seus registros são exemplares para examinar como os espaços da Capitania/Província foram visitados, descritos e analisados. Revela a latente preocupação com o vazio do sertão, com uma população entregue à própria sorte. Descreveram a decadência para a região que estava para além da crise econômica, tratava-se de uma decadência cultural que implicava a preguiça, o ócio, a indolência, o concubinato, a apatia e a pobreza. Esta oficina explora as possibilidades do ensino de História de Goiás por meio dos diários escritos pelos europeus John Emannuel Pohl “Viagem ao interior do Brasil”, Auguste de Saint-Hilaire “Viagem a província de Goiás” e “O Brasil do primeiro reinado visto pelo botânico William John Burchell, 1825-1829. A despeito dessa literatura ser utilizada amplamente em trabalhos acadêmicos, existem poucos estudos que empregam esses relatos como conteúdo do ensino de história e o seu potencial no processo de ensino-aprendizagem. A utilização desses em sala de aula, sobretudo na elaboração de material didático, pode ser um interessante ponto de partida para se dialogar a respeito da alteridade e do olhar do outro.
Leitura de referência:
KURY, Lorelay. Viajantes-naturalistas no Brasil oitocentista: experiência, relato e imagem. Revista História, Ciência e Saúde Manguinhos. Vol. VIII (Suplemento), 863-80,2001. https://www.scielo.br/j/hcsm/a/grhQqtzkqm3FRhdYhZWY94k/?format=pdf&lang=pt